O lixo hospitalar por natureza, é fonte de uma variedade de lixo biodegradável, aqueles chamados tóxicos. E também vários outros tipos de lixo.
Geralmente, cada um é agrupado de acordo com a sua natureza, já que muitos são infecciosos.Mesmo os que não são infecciosos também podem ser perigosos.
Os principais problemas causados por lixo hospitalar acontecem quando não são separados, ou quando são eliminados de maneira inapropriada. Além de contaminar o meio ambiente, representa riscos à saúde humana.
Separação e Cuidados com o lixo hospitalar
Muitos países impõem normas rígidas a respeito de resíduos hospitalares, e oferecem caixas com códigos de cores para diversos itens, bem como regras para que os materiais sejam tratados.
Objetos cortantes como lâminas e agulhas devem ser colocados em um compartimento separado, por exemplo. O lixo infeccioso do hospital é colocado em recipientes próprios com instruções sobre como lidar com o material.
Por exemplo, se uniforme hospitalar tiver que ser descartado terá uma forma adequada para descartar a mesma separada.
O lixo hospitalar se descartado incorretamente, pode entrar em contato com rios ou lagos, poderá amplamente contaminar qualquer ser vivo que tenha contato com a água.
O mesmo ocorre com o solo, quando materiais perfurocortantes contaminados são descartados em aterros comuns, podendo levar riscos às pessoas que trabalham no local.
Papéis descartados no lixo hospitalar
Além de papéis gerados pela parte administrativa do estabelecimento, lixos hospitalares incluem remédios possivelmente vencidos ou contaminados e, portanto, inutilizáveis.
Depois que tudo é separado em categorias, os materiais serão eliminados respeitando o que diz a legislação vigente.
Reciclagem do lixo hospitalar
Objetos infectados são incinerados, enquanto outros podem ser enviados para reciclagem: papéis, garrafas pet, entre outros.
Os hospitais geram grande quantidade de lixo orgânico, pois servem refeições durante o dia, e a comida nem sempre pode ser reaproveitada para evitar agravamento na saúde dos pacientes já debilitados.
Separação Segundo a ANVISA
Segundo a norma 307 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os materiais devem ser separados de acordo com as seguintes classes para devida separação:
- Resíduos Especiais: Químicos, radioativos e farmacêuticos;
- Resíduos Gerais: Embalagens, sucata, resíduos alimentares, materiais de escritório;
- Resíduos Infecciosos: Que contêm sangue ou diagnósticos, gazes, drenos, ataduras, máscaras, objetos de perfuração ou cortantes, materiais utilizados em sondas, campos cirúrgicos, patológicos entre outros.
Como é Feito o Descarte
A ANVISA estabelece regras para normalizar a coleta do lixo hospitalar, do descarte até o destino. A ideia é que cada gerador de resíduos crie seu próprio plano de gerenciamento para que o lixo seja corretamente separado e descartado.
Inicialmente, o lixo hospitalar é descartado em um saco plástico resistente e não pode ser reaproveitado. Resíduos líquidos são armazenados em recipientes específicos, com tampa e vedante e tudo é identificado devidamente.
Depois, são transportados por uma empresa especializada e certificada com o selo de Inspeção para Transporte de Produtos Perigosos (CIPP).
O lixo é então enviado para incineração ou esterilização em enclaves próprios.
Um Problema Diário de Saúde Pública
Resíduos sólidos hospitalares geram problemas graves para a saúde, se descartados incorretamente.
No Brasil cerca de 60% dos resíduos são coletados de forma inadequada e despejados em locais impróprios.
A cada ano, são produzidos cerca de dois milhões de toneladas de lixo hospitalar. A maioria vem de prontos-socorros, salas de medicações, maternidades, consultórios médicos e espaços cirúrgicos.
Conclusão
Realizar o descarte correto é a solução para que a instituição de saúde adote uma atitude sustentável, de proteção ao meio ambiente e à vida das pessoas.
Essa atitude pode até mesmo evitar que a instituição sofra penalidades, como as citadas acima neste artigo.
Leave a Reply